quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Meu amor, meu amor

Hoje deu-me pra isto.
Cada vez que ouço isto, choro



Meu amor, meu amor
meu corpo em movimento
minha voz à procura
do seu próprio lamento.

Meu limão de amargura, meu punhal a escrever,
nós parámos o tempo, não sabemos morrer
e nascemos, nascemos
do nosso entristecer.

Meu amor, meu amor
meu nó e sofrimento,
minha mó de ternura,
minha nau de tormento

este mar não tem cura, este céu não tem ar
nós parámos o vento não sabemos nadar
e morremos morremos
devagar devagar.

Grande Amália Rodrigues e grande Alain Oulman que compôs este fado lindíssimo

Sem comentários:

Enviar um comentário