Hoje deu-me pra isto.
Cada vez que ouço isto, choro
Meu amor, meu amor
meu corpo em movimento
minha voz à procura
do seu próprio lamento.
Meu limão de amargura, meu punhal a escrever,
nós parámos o tempo, não sabemos morrer
e nascemos, nascemos
do nosso entristecer.
Meu amor, meu amor
meu nó e sofrimento,
minha mó de ternura,
minha nau de tormento
este mar não tem cura, este céu não tem ar
nós parámos o vento não sabemos nadar
e morremos morremos
devagar devagar.
Grande Amália Rodrigues e grande Alain Oulman que compôs este fado lindíssimo
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